São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Campos do Jordão imita noite paulistana

RAIMUNDO DE OLIVEIRA; CLAUDIA CHAPIER
DA FOLHA VALE

Campos do Jordão (175 km a nordeste de São Paulo) virou uma pequena filial da capital durante o feriado da Semana Santa. Cerca de 15 mil carros paulistanos invadiram a SP-123, que liga a via Dutra à cidade, e alteraram a noite da pacata Campos.
A agitação ocorre em duas frentes. De um lado, nas pistas de dança da cidade, as tribos da capital mostram suas novidades em moda e estilo.
Três boates reabriram suas portas com shows e festas para o feriado. Tudo lembra os Jardins (zona oeste): carros importados nas portas e pistas lotadas.
As ruas do bairro Capivari, por outro lado, trazem a marca de Pinheiros (zona oeste): dezenas de mesas nas calçadas e gente com lata de cerveja na mão.
O Bulevar Genève virou uma sucursal da rua Mourato Coelho, que concentra um bar a cada cinco metros.
O estudante Marcos Mussa, 22, é o exemplo do paulistano que sobe a montanha, fazendo o mesmo roteiro de São Paulo: bares, paqueras e boates.
"A vida noturna em Campos do Jordão no início da temporada de inverno é melhor que na capital", diz. "Em Campos a noite é mais legal porque a cidade é linda, tem um clima muito melhor e consegue reunir todas as pessoas em um espaço menor", diz.
Os cerca de 1.500 apartamentos da cidade lotaram três dias antes do começo do feriado e os comerciantes do bairro de Capivari investiram US$ 5.000 em um festival de outono.
A idéia, dizem, é manter o charme de julho na cidade por pelo menos três meses do ano. A Associação Comercial espera lucro de cerca de US$ 9 milhões com o feriado, embora os números não sejam oficiais.

Texto Anterior: Máfia japonesa controla 40% da prostituição
Próximo Texto: Cidade terá novo DP
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.