São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994 |
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Máfia japonesa controla 40% da prostituição Organização teria interesse em mulheres brasileiras THAÍS OYAMA
A organização sobrevive há mais de dois séculos naquele país explorando a prostituição, o jogo, praticando a agiotagem, a extorsão e o tráfico de drogas. Na década de 70, começou a se expandir para os EUA e Ásia. Recentemente, chegou ao Brasil. No último dia 28 de fevereiro, a Polícia Federal prendeu em Londrina, no Paraná, o mafioso Hitoshi Tanabe, acusado de tráfico de cocaína no Japão e suspeito de, no Brasil, estar organizando o envio de mulheres para casas de prostituição japonesas. Seu parceiro, Yoshiyasu Watanabe, que também se apresenta como membro da Yakuza, foi detido em Foz do Iguaçu no último dia 9 e indiciado por aliciamento de mão-de-obra para fins de imigração. Watanabe estava acompanhado por Mamoru Kakue, que disse ser dono de uma casa noturna ainda não inaugurada em Tóquio. No final do ano passado, Watanabe alugou uma cobertura em um edifício de luxo em Londrina, onde, segundo o porteiro Luiz da Silva, recebia diversas mulheres ao longo do dia. Ali funcionava a empresa Fera Empreendimentos, supostamente montada por Watanabe para recrutar dekasseguis. Ao contrário do mafioso Hitoshi Tanabe, ele não tem mandado de prisão expedido pelo governo japonês. Nas duas últimas semanas, a Folha tentou localizá-lo em São Paulo e Londrina, sem sucesso. Já Tanabe, um dos líderes da Yamaguchi-gumi (a maior facção da Yakuza), está detido na Polícia do Exército em Brasília desde a sua prisão em Londrina. O Supremo Tribunal Federal julga o pedido de extradição feito pelo governo japonês. O resultado do julgamento pode sair na próxima semana. Texto Anterior: Revistas 'vendem' brasileiras no Japão Próximo Texto: Campos do Jordão imita noite paulistana Índice |
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