São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994 |
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Novo sistema só funciona com confiança Com a inflação caindo para perto de zero, aumentará a quantidade de papel moeda na praça. Com moeda que não perde valor diariamente, as pessoas não precisam correr para aplicar no fundão. Assim, o dinheiro imediatamente disponível, que hoje equivale a US$ 5,5 bilhões, deve chegar a US$ 16,5 bilhões. Na paridade de um por um, o Brasil teria circulando 16,5 bilhões de reais em papel. São esses reais que precisariam ter lastro nas reservas do Banco Central. Pelo padrão de economias estáveis, 20 bilhões de reais lastreados sustentariam ativos financeiros (dinheiro aplicado) de 80 bilhões. Como o governo imprimiu 27 bilhões de reais, tendo reservas de US$ 35 bilhões, há folga para lastrear e tocar a economia. Mas é preciso que haja expectativa positiva em relação ao Plano FHC. Só assim as pessoas manterão as aplicações financeiras em títulos em real, confiando que os reais em circulação valem dólar. A parte do governo será não fazer dívida nova, nem emitir reais sem ter os dólares equivalentes. Texto Anterior: BC terá lastro de um dólar para cada real Próximo Texto: Fenômeno da adaptação nociva e inflação Índice |
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