São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
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Banco Central estuda URV para fundo de investimento

DA REPORTAGEM LOCAL

Banco Central estuda URV para fundo de investimento
O Banco Central estuda sugestão dos bancos para iniciar a introdução de produtos financeiros em URV a partir da criação de um fundo de investimento. A carteira deste fundo seria composta por títulos do governo corrigidos pela URV –um substituto para o FAF.
O apelo de venda para as aplicações neste fundo é o raciocínio de que os salários, já expressos em URV, encontrariam um indexador perfeito neste fundo, com a vantagem de pagar um juro a mais.
"Esta seria uma boa alternativa", opina Roberto Barreto, vice-presidente do Econômico. "Enquanto as coisas se definem, a única opção é o curto prazo."
Para os investimentos, portanto, abril deverá ser uma cópia de março. Deve-se continuar procurando o curto prazo para aguardar a passagem da URV para o real.
A candidatura de FHC e sua substituição por Rubens Ricupero na Fazenda, segundo João Tourinho, diretor financeiro do WestLb Banco Europeu, também recomendam o curto prazo.
"A situação econômica é boa e o programa vai bem", diz. "O risco agora é político, que traz novo ruído ao mercado. Vamos ficar ao sabor das pesquisas eleitorais e do humor do presidente Itamar."
As Bolsas de Valores perderam o brilho para os fundos de commodities. Negociaram mais de US$ 350 milhões por dia no início do ano, contra US$ 200 milhões hoje. Estudo da Morgan Stanley, corretora dos EUA, mostra que as bolsas latino-americanas mal se equilibram após 17 de fevereiro.
O capital estrangeiro sentiu a elevação dos juros americanos e os problemas políticos no México. Norberto Barbedo, diretor financeiro do BCN, desaconselha comprar ações no momento.

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