São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
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Jogador temia parecer covarde

JOÃO MÁXIMO
DA SUCURSAL DO RIO

Muitas das atitudes "corajosas" de Almir, o Pernambuquinho, eram ditadas pelo medo. Poucos sabem disso, mas é verdade. Quem o via de punhos cerrados, dentes trincados, desafiando adversários mais fortes, não imaginava que, por trás da valentia, escondia-se o medo de parecer covarde.
Certa vez ele foi suspenso por uma jogada violenta que inutilizou Hélio, do América. À medida que ia se aproximando o fim da suspensão, Almir começou a queixar-se de uma estranha dor muscular na perna direita.
Dr. Valdir Luz e todo o departamento médico do Vasco já não sabiam o que fazer para curar a inexplicável "distensão". Acabou-se a suspensão, mas permaneceu a dor. Até que o técnico Yustrich chamou o jogador para uma conversa: "Você não tem nada, garoto. É o medo de que alguém vingue o Hélio que faz você sentir a dor." (JM)

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