São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
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Barba irritou o técnico Zagalo

JOÃO MÁXIMO
DA SUCURSAL DO RIO

Depois de integrar emprestado a delegação do Olaria que excursionou à Europa, Afonsinho se reapresentou ao Botafogo. O roupeiro lhe negou o material de praxe. "São ordens dos homens", explicou –no caso, o vice-presidente Xisto Toniato e o técnico Zagalo.
Aos 23 anos, Afonsinho sabia que seu futebol era mais do que bom. Não gostaria de mofar na reserva. Quando foi conversar com Toniato e Zagalo, descobriu que os dois não gostaram da barba que deixou crescer na excursão. O jeito "Che Guevara" não agradava.
Ele então passou a brigar por algo que muitos achavam impossível: o passe livre. Foi à Justiça esportiva, contou com o apoio dos jornais, armou-se de argumentos e pôs em xeque o poder do clube de escravizar o jogador. Venceu.
Foi um episódio isolado. Depois de algum tempo, se formou em medicina e largou a bola. (JM)

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