São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
Texto Anterior | Índice

Santo André lidera negócios na região

PABLO PEREIRA; TELMA FIGUEIREDO
DA REDAÇÃO

A cidade de Santo André é a campeã de venda de imóveis novos na região do ABCD (Grande São Paulo). Com 24 negócios fechados, das 466 ofertas de fevereiro, Santo André teve uma velocidade de vendas de 5,2%, índice próximo do registrado no mês em São Paulo (5,7%).
Os dados são de estudo mensal do Datafolha sobre o mercado imobiliário na região. De acordo com o levantamento, São Bernardo do Campo fica em segundo lugar em vendas (14 negócios) e ofertas (238 unidades).
Diadema aparece com 67 ofertas, seis delas comercializadas. A lanterna do ranking ficou com Diadema, onde não houve vendas e apenas três ofertas.
A região teve 774 imóveis ofertado no mês, 44 deles comercializados, o que dá uma velocidade de vendas (unidades vendidas a cada cem oferecidas) de 5,7%, que se iguala a São Paulo.
Segundo empresas que atuam no ABCD, Santo André é a região que apresenta melhor mercado para o setor. A cidade tem sido escolhida por construtoras de São Paulo para novos lançamentos.
Empreendimentos do "Plano Melhor", das empresas Goldfarb e CGN, e da Encol exemplificam essa tendência. Luiz de Almeida Campos Neto, 27, gerente administrativo da incorporadora Rótula (uma empresa local que atua em Santo André há 20 anos), diz com a chegada dessas construtoras a concorrência aumentou.
Ele diz que no início do ano sentiu o mercado um pouco retraído para comprar, mas que a situação melhora com a regra de correção dos salários pela URV.
"Está chegando aqui uma tendência vinda de São Paulo de construir apartamentos compactos de dois e três quartos", diz Campos Neto. Segundo ele, a Rótula deve lançar até maio um edifício com essas características no bairro Vila Floresta.
O novo prédio terá unidades de três quartos, com cerca de 70 m2 de área útil e preço entre US$ 50 e US$ 60 mil. Segundo Campos Neto, outra tendência de São Paulo, que deve ser seguida por algumas empresas do ABCD, é oferecer financiamento direto ao comprador.
"No próximo lançamento pretendemos financiar as unidades com recursos da própria empresa", diz. Campos Neto afirma que a maioria do público que compra imóveis no ABCD é formada por moradores da região. "Vemos poucos casos de clientes que vêm de São Paulo para cá, por exemplo", diz ele.
As vendas da imobiliária Gevim, situada no bairro do Paraíso (zona sul), mas que comercializa muitos apartamentos novos no ABCD, também apontam para o mesmo tipo de comprador.
"Eu poderia dizer que 99% dos clientes moram no ABCD", diz Sylvio Brandão, 49, gerente de vendas da Gevim. Embora a empresa seja de São Paulo, quase todos os negócios são fechados no estande instalado no local do empreendimento.
Com relação ao ritmo de vendas, Brandão afirma que fevereiro foi um mês melhor para a imobiliária que março, "quando os negócios ficaram meio parados".
Ele cita como exemplo um prédio de 40 apartamentos lançado no início do ano. "Entre janeiro e fevereiro vendemos tudo", diz. Esses imóveis têm dois quartos, 65 m2 de área útil e preço médio em torno de US$ 60 mil.(PP).

Colaborou TELMA FIGUEIREDO, da Reportagem Local.

LEIA MAIS
sobre o mercado na região no caderno Folha ABCD.

Texto Anterior: Morador descobre débito atrasado
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.