São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994 |
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Lenda e imagem do Brasil
INÁCIO ARAUJO Um bom filme se reconhece muitas vezes pela falta de assunto. Ela define a dificuldade da empreitada. No caso de "Ele, o Boto", é difícil imaginar assunto mais ingrato: a lenda do peixe que sai da água para seduzir as mulheres. Walter Lima Jr. –baseado num argumento de Lima Barreto, o cineasta– consegue narrar sua história alternando os momentos de humor e os de magia. E dedica seu filme a Mário Peixoto, o diretor de "Limite". Sinal de tudo que essa história –construída entre o ser e o não ser, a terra e a água, a sedução e a morte– pretende: mostrar o Brasil e refletir sobre suas imagens. Apenas para completar, Lima Jr. se reafirma também como diretor de atores. Nunca Riccelli, o boto, esteve tão bem. (IA)ELE, O BOTO Brasil, 1987, 108 min. Direção: Walter Lima Jr. Com Carlos Alberto Riccelli, Cássia Kiss. Na Bandeirantes. Texto Anterior: Gabi entrevista Marta Suplicy; Aracy é destaque do 'Arquivo'; Zubin Mehta rege em Siena; Pelé faz dueto com Paulinho; Quadrinhos são tema de série; Multishow ganha séries cômicas; globo reprisa outro especial; Poppovic discute mudanças radicais Próximo Texto: Catástrofes no hospital Índice |
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