São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
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Vendas crescem com promoções a prazo

DA REPORTAGEM LOCAL

O parcelamento na compra de carros novos está lentamente voltando a aparecer no mercado.
Antes encarado como última opção na hora de adquirir um automóvel zero, o financiamento está voltando à cena.
Por enquanto os financiamentos têm a forma de promoções. São prestações atreladas ao dólar comercial ou à URV.
Como o governo federal ainda não regulamentou as regras para que instituições financeiras possam trabalhar com a URV, a solução encontrada para vender a prazo com o novo índice é a própria revenda fazer o financiamento.
A Sorana, revenda Volkswagen, foi a primeira a aderir à novidade "Quase 99% dos financiamentos feitos desde a adoção do novo sistema são em URV", conta a vendedora Elizete Bucci.
A promoção não vale para os "populares" Gol 1.000 e Kombi.
Elizete diz que a nova forma de crédito não só aumentou o número de financiamentos como gerou um crescimento no total de vendas.
A loja aceita três tipos de parcelamento: 40% de entrada mais dez prestações, 50% mais 15 prestações e 60% com 18 parcelas.
A Caraigá, revenda VW, está atacando com promoção. Para a linha Gol, Parati, Logus GLS, Santana e Quantum, o comprador tem a opção de financiar o modelo escolhido sem pagar juros.
O índice para o reajuste é normal, com TR para planos de até 11 meses e o IGP-M para parcelamentos superiores a 12 meses.
As formas de pagamentos propostas pela revenda são 40% de entrada mais nove prestações, 60% mais 13 ou 70% de entrada mais 18 parcelas.
Outra opção é o financiamento pelo dólar comercial. Na Frei Caneca, revenda Ford, os planos são feitos a partir de 30% de entrada e até 12 prestações fixas, com juros embutidos.
"A grande vantagem é que os juros e a correção são menores do que a variação da TR. Enquanto os juros da TR ficam em 4%, pelo dólar acabam saindo em torno de 3% ao mês", explica a vendedora Tânia Martins. A promoção vale para toda a linha Ford com exceção do Escort Hobby 1.0.
"Entre 80% e 90% dos compradores preferem o financiamento em dólar", complementa.

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