São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994 |
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Miniperua tem muito espaço e pouco motor
EDUARDO VIOTTI
Sua largura é ainda menor. É de 1,4 metro (15 cm a menos que o Uno). O tamanho é bom para uso urbano, pela facilidade em achar brechas no trânsito e estacionar. Custa US$ 14 mil. O carro é muito curioso, pela sua concepção, e bem-humorado pelo aspecto original. É impossível não achar graça na Towner. A curiosidade começa pelo espaço interno, enorme para as dimensões externas. Como a Kombi, tem o motor "escondido". Fica sob o banco do motorista. O motor de 800 cc tem apenas três cilindros e 40 cv. É pouco na estrada, mas surpreende na cidade. Mesmo com lotação completa, a minivan escala subidas íngremes com valentia, graças a uma relação de marchas bem acertada. As marchas iniciais são bem curtas e a quinta é "overdrive", para uso em estradas. Em compensação, o motor é silencioso e econômico. Sem ter o consumo aferido, mostrou boa autonomia com o tanque de 35 litros. Segundo a fábrica, faz 24,4 km com um litro de gasolina. O dado é otimista demais, mas a minivan supera os 12 km/l facilmente. Os principais problemas são a curta distância entre eixos, o pequeno diâmetro das rodas (de 12 polegadas, com pneus inexistentes no mercado nacional) e a rigidez da suspensão traseira. Com um eixo muito próximo do outro, a Towner balança longitudinalmente. O problema, somado aos pulos causados pela suspensão traseira com molas semi-elípticas e eixo rígido, prejudica o conforto. A estabilidade não é tão ruim quanto sua aparência "vertical" sugere. Pelo menos devagar, em curvas de raio curto. Em altas velocidades, Veículos não arriscou. A Towner é boa opção para levar sete pessoas em cidades. Na estrada, é leve, estreita e alta demais. E com potência a menos. Texto Anterior: Tiger 900 alia desempenho e robustez Índice |
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