São Paulo, segunda-feira, 4 de abril de 1994 |
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Lula defende alianças contra Fernando Henrique
CARLOS EDUARDO ALVES
As coligações estaduais e a maneira de combater FHC, avaliado agora como o principal adversário de Lula, serão discutidas hoje em São Paulo em reuniões da Executiva do PT e da coordenação de campanha de Lula. O líder petista chegou a manifestar publicamente, durante a última caravana, que não acha possível ganhar a eleição e governar sem o apoio de forças que os diretórios estaduais do PT hostilizam. "Mas devemos ter cuidado com o pragmatismo", disse Rui Falcão, vice-presidente do PT, que teme tanto a abertura da política de alianças estaduais quanto a adesão de setores não-tradidionais do campo da esquerda a Lula. Para Falcão, não há razão para o PT alterar sua estratéga de campanha, já que Lula mantém a liderança folgada. "Vamos continuar caracterizando o candidato do PSDB como o representante dos conservadores e das elites e como uma postulação que não tem apelo popular", declarou Falcão. Marco Aurélio Garcia, coordenador da equipe que faz o programa de governo do PT e próximo a Lula, discorda de Falcão. Garcia acha que não é hora de partir para o ataque frontal. "Não devemos desencadear uma artilharia muito forte. Nós crescemos até agora menos na polêmica e mais na proposição', acredita Garcia. A tentativa de aproximação com o eleitorado de Leonel Brizola (PDT) também será discutida. É quase certo que o PT decida defender o nome do senador José Paulo Bisol (PSB-RS) para vice de Lula na reunião que terá amanhã em Brasília com as direções de PSB, PC do B e, talvez, PPS. Texto Anterior: Mulher de FHC quebra pulso; casal antecipa volta a Brasília Próximo Texto: Lessa desiste de disputar vice Índice |
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