São Paulo, segunda-feira, 4 de abril de 1994
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'Agora, controlo a minha rotina', diz endocrinologista

Usuária da bomba, ela antes tomava quatro injeções

ESPECIAL PARA A FOLHA

Christiane N. Sobral, 28, endocrinologista, descobriu que era diabética há 12 anos. Estava voltando de um período de intercâmbio estudantil nos Estados Unidos e procurou um médico para tentar emagrecer.
A surpresa veio com o resultado alterado do exame que dosa a glicose no sangue. Em menos de duas semanas, Christiane estava tomando duas injeções de insulina por dia. "Nem ligava para as injeções. O que mais incomodava eram as restrições na faculdade e nos plantões e ter sempre que comer a mesma coisa na hora certa".
Depois de oito anos, ela teve que aumentar para quatro injeções pela dificuldade de controle. "Eu definia minha vida pelos horários da insulina", diz. Há um ano, nem as quatro aplicações estavam funcionando e ela decidiu procurar o auxílio de um especialista americano que recomendou a bomba de infusão.
A insulina fica alojada dentro de um compartimento e é injetada de acordo com as necessidades da pessoa. Uma pequena agulha (que deve ser trocada a cada quatro dias) fica embaixo da pele e leva o hormônio para o organismo. Um sistema de alarmes avisa quando acontece algum problema ou quando a bateria está acabando.
"Estou 100% melhor. Consegui finalmente compensar meus níveis de glicose. Agora controlo minha rotina, como o que eu quero e posso nadar quando tenho vontade. Não tiraria a bomba por nada desse mundo", conclui.

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