São Paulo, segunda-feira, 4 de abril de 1994 |
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Visual radical deixa de ser o mais importante
ANTONINA LEMOS
"O que importa é a atitude, a cabeça. Não é só botar uma roupa", diz um strey ed (facção punk que prega o vegetarianismo, é anti-fumo e anti-drogas). Olhando para o cara já dá para perceber que ele fala sério. Ele estava vestido , em plena festa punk de Limeira, com uma camiseta com desenhos indianos e usava um colar. Parecia hippie. Tem gente que ainda leva o visual a sério. Vira-Lata explica que se veste com visual "clássico" (camisas rabiscadas e cabelo moicano) porque as roupas são uma forma de protesto. "Eu uso essas roupas para agredir a sociedade, para mostrar a minha revolta", diz. Mesmo assim, ele é capaz de fazer concessões. No momento, está desempregado, mas garante que na hora em que conseguir um emprego é capaz de deixar o visual de lado e se vestir de forma "normal". "Não adianta, a gente é contra o capitalismo mas vive nele", diz. Texto Anterior: Festival reúne sete bandas em Limeira Próximo Texto: ENTENDA O MOVIMENTO PUNK Índice |
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