São Paulo, terça-feira, 5 de abril de 1994 |
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PSDB baiano pretende abandonar FHC
EMANUEL NERI
Se isso não bastasse, os peessedebistas baianos passaram a encarar ontem o apoio a Lula como um fato praticamente consumado. É que o PT prometeu abrir mão da disputa pelo governo da Bahia para se coligar com o PSDB local. Com seis deputados federais, nove estaduais, um senador e 38 prefeituras, entre elas a de Salvador, o PSDB baiano ameaça abandonar FHC em bloco. Não há um único setor do partido que pretenda continuar apoiando o candidato tucano, caso seja fechado o acordo com o PFL. "É uma questão de princípio e dignidade", diz o deputado Jutahy Magalhães Júnior, que disputa com o ex-governador Waldir Pires a indicação ao governo baiano. "Quando fundamos o partido aqui, o Fernando Henrique fez um seminário e defendeu alianças com PT e PPS", afirma. "As coisas na política se modificam mas nem tanto", afirma Jutahy. Segundo o deputado, não só o PSDB baiano é contrário à aproximação com o PFL e ACM. "O nosso eleitor em geral sonhou que esse era um partido ético e diferenciado, que não queria fazer apenas acordos eleitorais". O presidente do PSDB baiano, Fernando Schimidt, diz que a aliança com o PFL e ACM é "traumática" para o partido. "Não se pode mudar um discurso marcado por coerência só para ganhar eleição". Schimidt era contrário ao apoio a Lula no primeiro turno. Mas passou a contar com essa possibilidade depois que o PT decidiu se coligar aos tucanos locais. "Se essa decisão prevalecer, facilita futuros entendimentos, caso o PSDB insista na aliança com o PFL", diz. Texto Anterior: PSDB faz pesquisa sobre vice Próximo Texto: FHC faz defesa dos servidores Índice |
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