São Paulo, terça-feira, 5 de abril de 1994
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FHC faz defesa dos servidores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Fernando Henrique Cardoso limpou ontem suas gavetas no Ministério da Fazenda e reassumiu sua vaga no Senado Federal.
Com discurso de candidato, ele defendeu a continuidade da revisão constitucional, atacou qualquer tentativa de mudança na MP da URV e afirmou ser necessário "dignificar" o salário do funcionalismo público.
Logo pela manhã, Fernando Henrique cortou os cabelos e foi ao Ministério da Fazenda se despedir dos funcionários. Saiu com uma pilha de livros e com uma caixa de papéis. O secretário da Receita Federal, Ozires Silva, o esperava no gabinete com cerca de 20 auditores.
"Tenho esperança de que o Brasil pode dar certo e que aqui (Ministério da Fazenda) se começou o caminho, com persistência e simplicidade", disse FHC.
Ele afirmou ainda que entende que "o pessoal da Receita" não ganha bem. "O trabalho que vocês fazem tem que ser referendado no bolso, não se pode pisotear os servidores." Quando ministro, FHC defendeu cortes nos gastos da União e foi contra aumentos de salários para o funcionalismo.
À tarde, ele foi ao Congresso e disse que suas principais metas como senador serão aprofundar a revisão constitucional e aprovar a MP da URV na íntegra.
"A Previdência, por exemplo, tem que ser reformulada", alegou o candidato. Segundo ele, o salário mínimo atualmente "é vergonhoso" e não é possível alterá-lo sem que as pensões e aposentadorias continuem vinculados a ele.
Para marcar sua volta ao Congresso, FHC ocupa hoje a tribuna do Senado para fazer um discurso.

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