São Paulo, terça-feira, 5 de abril de 1994 |
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Torneio é "laboratório" da FPF
MARCELO DAMATO
A Federação Paulista de Futebol, entidade que organiza e dirige o futebol paulista, fez do Campeonato de Aspirantes um "laboratório". O objetivo foi avaliar o impacto de eventuais mudanças nas regras sobre o jogo. "Como o Campeonato de Aspirantes é apenas um torneio de caráter amistoso, não precisamos pedir autorização da Fifa para mudar as regras", disse João Atala, diretor do Departamento Técnico da FPF. O dirigente afirmou que a redução do número de faltas mostra que a regra da 11ª falta é viável. "Em alguns jogos, o número de faltas caiu para menos da metade do jogo dos profissionais. Os jogadores estão indo somente na bola." Atala negou que o aumento da importância das faltas esteja levando alguns árbitros a fazer vistas grossas para as infrações menos evidentes. "Eles estão apitando normalmente." Segundo Atala, a idéia de testar as regras partiu do presidente da FPF, Eduardo José Farah. Além da lei da 11ª falta, foram adotados a permissão para que o lateral seja cobrado com o pé, a restrição da aplicação da regra do impedimento para a grande área e as faixas de campo que ficam ao seu lado. Há ainda a possibilidade da presença de dois juízes em campo. "Não é uma coisa obrigatória. A qualquer momento, a federação pode escalar dois juízes para um jogo, para ajudar na condução da partida. No Campeonato de Dente-de-Leite, isso já existe." Segundo Atala, a FPF deve promover no final do Campeonato de Aspirantes uma reunião com dirigentes, juízes, técnicos e os capitães dos times para avaliar o impacto das novas regras sobre o futebol. Depois, vai enviar ao International Board, comitê internacional responsável pelas regras do esporte, um relatório com as conclusões. "É a nossa contribuição para o esporte."(MD) Texto Anterior: Regra reduz violência nos aspirantes Próximo Texto: Habilidade é premiada, afirma Muricy Ramalho Índice |
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