São Paulo, terça-feira, 5 de abril de 1994
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Movimento de 64; Empregos e criatividade; A nova Geni; Lista do jogo do bicho; O papel de Meneguelli; Papel do Banco do Brasil; Contraste; Sem congelamentos; Necessidade lógica

Movimento de 64
"Viva Betinho, 'o Cavaleiro da Esperança'. Para os que amam a liberdade, a edição de 1/04 da Folha é leitura obrigatória. Betinho fez uma extraordinária e antológica abordagem sobre a ditadura de 64. 'Filhos do golpe' reconstroem a cidadania. Numa narrativa irretocável, revela sua visão da falência das ditaduras, e transborda todo o seu amor pela liberdade, fraternidade e justiça –os pilares da democracia."
Ernani Miura (Porto Alegre, RS)

"Compreendo a defesa que o brigadeiro Sérgio Xavier Ferolla faz do movimento de 64 ('Março de 64 –uma visão histórica', 28/03). Afinal, ele está no seu papel: se, como militar, ele não fizer, quem o fará? Ao contrário do que afirma, o movimento de 64 foi uma típica quartelada latino-americana, tão a gosto daquela época. O golpe veio para atender não aos reclamos de uma sociedade brasileira desrespeitada e ofendida, mas à ânsia de poder de velhos e conhecidos grupos que vinham tentando a saída golpista desde 54."
Elisabeto Ribeiro Gonçalves (Belo Horizonte, MG)

Empregos e criatividade
"Estamos cumprimentando essa Folha pelas matérias e pesquisas que compuseram a primeira página do seu caderno Empregos da edição de 27/03. Considerando o elevado grau de responsabilidade dos negócios na contemporaneização da cidadania no Brasil, entendemos que reportagens com tal teor informativo prestam oportuno serviço não só às organizações, mas também ao conjunto da sociedade."
José Leão de Carvalho, diretor de metodologia do Instituto Latino-Americano de Criatividade e Estratégia (São Paulo, SP)

A nova Geni
"Quero parabenizá-los pela colaboração do deputado José Serra, mas especialmente por sua crônica 'A nova Geni' (22/03). Aliás, na edição de 22/03 é difícil dizer qual a colaboração melhor. Todas estão excelentes, principalmente os editoriais."
Walmor Coelho (Curitiba, PR)

Lista do jogo do bicho
"Foi com total surpresa que deparei com meu nome numa pseudolista do jogo do bicho carioca. Não tenho, nem nunca tive, nenhuma ligação política ou interesse político no Rio. Sou eleito e defensor dos interesses de Araraquara e região (SP). Meu nome foi incluído em tal lista por pessoas de má-fé que querem me prejudicar em ano eleitoral. Repudio a inclusão de meu nome em tal 'lista' pois que não conheço, nunca vi e nunca falei com Castor de Andrade e qualquer outra pessoa ligada ao jogo do bicho. Estou certo que a verdade se estabelecerá."
Marcelo Barbieri, deputado federal pelo PMDB-SP (Brasília, DF)

O papel de Meneguelli
"A CUT manifesta sua estranheza pelo tom irado e absolutamente subjetivo com que Luís Nassif se referiu ao presidente da CUT, Jair Meneguelli, em seu artigo de 23/03. Jair Meneguelli foi eleito por unanimidade, entre os membros da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, para presidir a entidade. Seu vice-presidente era Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, hoje candidato à presidência da CUT. Destacamos a contribuição de Meneguelli pelo seu desprendimento ao abrir mão da presidência de uma poderosa e estruturada entidade para erguer a CUT, quando esta ainda funcionava em uma pequena casa de fundos do Sindicato dos Químicos do ABC. Não procedem, portanto, as afirmações de que Meneguelli tenha recebido 'todos os cargos de mão beijada (...) a própria CUT e uma estrutura consolidada'. Como não procede afirmar que Vicentinho tenha chegado depois. Chegaram juntos a importantes cargos de direção. Esses são os fatos. Foram necessários dez anos de greves e mobilizações para que os empresários e os governos percebessem que tinham de abandonar a arrogância e abrir negociações. Foram essas posturas 'demasiado simplórias' que permitiram tanto aos trabalhadores serem respeitados como os sindicatos conseguirem ampliar seu horizonte de ação e de formulação políticas. Tanto Meneguelli como Vicente sofreram influências e vêm influindo nesse processo. Cada um a seu modo e com a responsabilidade que lhes cabem. As negociações na câmara setorial automobilística, por exemplo, tão elogiosamente mencionadas, só obtiveram resultados devido às características do setor (concentrado e homogêneo) e ao fato de ter acontecido entre atores conhecidos. Infelizmente, não teria sido alcançado se antes não tivessem ocorrido greves e mobilizações (cheias de chichês) por melhoria de salários e pelo direito de organização das comissões de fábricas, como ocorreu na gestão de Jair Meneguelli, entre 1981 e 1985. Portanto, os resultados não caíram do céu."
Avelino Ganzer, secretário-geral nacional da Central Única dos Trabalhadores –CUT (São Paulo, SP)

Papel do Banco do Brasil
"A propósito do artigo 'Setor público é a maior ameaça ao plano', publicado à pág. 2-4 do caderno Finanças (27/03): o conteúdo do artigo não está à altura do que se espera de um pesquisador. Se analisasse com cuidado o balanço do Banco do Brasil (BB), perceberia que –ao contrário dos bancos privados– o BB tem procurado canalizar suas aplicações para o setor produtivo. Quando menciona o fechamento de 500 agências deficitárias, seria preciso indicar qual dos bancos privados se interessaria em dividir com o BB parte, pelo menos, da parcela de 70% de sua rede de agências no interior, a maioria não lucrativa e com atividades até de caráter assistencial. Ali, milhões de trabalhadores e aposentados recebem salários e pensões, pagam suas contas de água, luz, impostos etc. e têm assistência creditícia. A menção ao presidente do banco, no que se refere ao remanejamento de funcionários, além de despropositada, também não tem fundamento, uma vez que a declaração do sr. Alcir Calliari foi feita ao contingente de aprovados em concurso nacional –cerca de 24 mil pessoas– para justificar exatamente a impossibilidade de o BB contratar mais funcionários no momento. De tudo o que o autor escreveu, a grande injustiça, cometida em tom de ironia e desprezo, foi mencionar a campanha contra a fome de Betinho, onde os funcionários do Banco do Brasil foram pioneiros."
Marlo Litwinski, secretário-executivo de Comunicação do Banco do Brasil (Brasília, DF)

Contraste
"Notável o contraste entre os trabalhos dos dois ilustres articulistas Gilberto Dimenstein e Carlos Heitor Cony na edição de 1/04. Enquanto o último exalta o símbolo daquele que morreu para salvar a humanidade, o primeiro elogia a atuação da ex-senadora que mais se notabilizou por defender o aborto, a morte de inocentes."
Yvette Kfouri Abrão (São Paulo, SP)

Sem congelamentos
"A URV deve fazer com que voltem ao mercado os imóveis para locação, fechados por causa da corrosão dos valores que se recebe em aluguel. Entretanto, ninguém pode acreditar em políticos com promessas de congelamentos para novamente trabalhadores da construção civil morrerem de fome e inquilinos darem longas gargalhadas."
Júlio M. Carvalho de Sá (Assis, SP)

Necessidade lógica
"Leio na Folha que Fernando Henrique Cardoso acredita em Deus. Também, pudera, depois de monologar durante meses com a figura mais abstrata do país, o presidente Itamar, só faltava não acreditar em Deus!"
Raul Maselli (São Paulo, SP)

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