São Paulo, quarta-feira, 6 de abril de 1994
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A CRONOLOGIA DO ESCÂNDALO

28/03 (segunda-feira) – A juíza Denise Frossard recebe em seu gabinete três pessoas que teriam informações sobre o depósito da movimentação contábil do jogo-do-bicho. Essas pessoas procuraram Frossard a pedido do contador de Castor de Andrade, cujo nome permanece em sigilo.

29/03 (terça-feira) – A Procuradoria-Geral de Justiça do Estado prepara com o serviço reservado da PM a blitz nos endereços fornecidos a juíza Denise Frossard.

30/03 (quarta-feira) – Operação realizada por dez promotores do Ministério Público e pela Polícia Militar apreendeu em escritório de Castor de Andrade mais de 50 livros contábeis e mais de 60 disquetes com nomes de policiais que receberiam propinas do jogo-do-bicho e políticos que teriam recebido ajuda de campanha para as eleições de 90.

31/01 (quinta-feira) – O promotor Antonio José Campos Moreira diz que pode chegar a US$ 1 milhão o total de propinas e doações de campanha.

01/04 (sexta-feira) – A Procuradoria de Justiça informa que pedirá quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos nomes presentes na lista dos bicheiros.

02/04 (sábado) – Os quatro cofres que se encontravam na Escola de Formação de Oficiais da PM, na zona oeste, são levados para o quartel-general da PM, no centro do Rio. Após notarem movimentação estranha de carros na porta da escola na sexta-feira à noite, os PMs de plantão pediram auxílio à Polícia da Aeronáutica, que
tem base próxima.

03/04 (domingo) – O procurador-geral de Justiça, Antônio Carlos Biscaia, confirma que os nomes de Nilo Batista e César Maia estão na lista do bicho.

04/04 (segunda) – Os quatro cofres ainda fechados de Castor de Andrade são abertos. Novos nomes de juízes, políticos, jornalistas e policiais aparecem nos livros encontrados. Biscaia que o escândalo pode chegar a 100.

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