São Paulo, quarta-feira, 6 de abril de 1994
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Suspeitos pela morte de candidato no México integram grupo político

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Quatro dos cinco detidos pelo assassinato do candidato presidencial mexicano Luis Donaldo Colosio pertencem a um grupo chamado Tucan (tucano, em espanhol).
Rodolfo Rivapalacio, Tranquilino Sanchez e Vicente Mayoral são ex-policiais do Estado de Baja California e integram, junto com Rodolfo Mayoral, o Tucan.
A Baixa Califórnia é governada por Ernesto Ruffo do Partido Ação Nacional desde 1989. É o único Estado em que o Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governa o México desde 1929, perdeu eleições.
À época da derrota, Colosio era o presidente do PRI e ordenou que os militantes locais reconhecessem a vitória do PAN. Tucan seria a sigla de "Todos Unidos Contra Ação Nacional".
Os membros do Tucan teriam ajudado, com dois outros homens não-identificados, a aproximação de Mario Aburto Martinez, que atirou em Colosio em um comício na cidade de Tijuana, na Baixa Califórnia.
Os investigadores do crime reconheceram oficialmente ontem que Colosio foi vítima de um complô. Não foi dada, no entanto nenhuma razão para o assassinato.
Há especulações de que o complô tenha sido planejado por setores conservadores do PRI, descontentes com a nomeação de Colosio; por militantes do PRI da Baixa Califórnia, para quem Colosio era um "traidor"; ou por narcotraficantes, poderosos na Baixa Califórnia. Grupos de esquerda, descontentes com a política de aproximação com os EUA do governo também são suspeitos.

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