São Paulo, quinta-feira, 7 de abril de 1994
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Petrobrás pode ter ajuda da Grã-Bretanha

DA SUCURSAL DO RIO E DA REDAÇÃO

O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Douglas Hurd, disse ontem que empresas do seu país estão interessadas em se associar à Petrobrás para a construção do gasoduto para importação de gás boliviano pelo Brasil.
Ele não deu maiores detalhes sobre como essa associação poderia ocorrer.
Ontem pela manhã, Hurd visitou a estatal petrolífera brasileira e a maior parte do tempo da visita foi gasta pelos dirigentes da empresa para explicar o projeto do gasoduto, que absorverá recursos superiores a US$ 2 bilhões.
O ministro britânico, acompanhado de seis empresários do seu país, se reuniu também com os dirigentes da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
O presidente da siderúrgica, Sílvio Coutinho, disse que há interesse dos britânicos em financiar e fornecer equipamentos para o programa de expansão da CSN. Ele prevê investimentos de US$ 950 milhões até 1998.
Em entrevista na sede da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Douglas Hurd reafirmou o interesse do seu país na privatização do setor elétrico brasileiro.
Disse também que há interesse em uma eventual privatização dos serviços de fornecimento de água. Esse assunto ele havia debatido na véspera com o governador de São Paulo, Luiz Antônio Fleury Filho.
Hoje o ministro estará em Brasília. Sua agenda prevê encontros com o presidente Itamar Franco, com os ministros da Fazenda, Rubens Ricupero, de Minas e Energia, Alexis Stepanenko, e de Relacões Exteriores, Celso Amorim.
Os dois chanceles devem discutir os termos do tratado de extradição entre o Brasil e a Grã-Bretanha. De acordo com a agência Reuters, Hurd pretendia assinar o tratado antes de voltar a Londres, mas o acordo não ficou pronto.
Um dos beneficiados pela ausência desse tratado é Ronald Biggs, 64. Em 1965 ele escapou de uma prisão em Londres, dois anos após ter roubado 2,5 milhões de libras (US$ 6 milhões na época) de um trem postal.

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