São Paulo, sexta-feira, 8 de abril de 1994
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Intrépida Trupe traz "ARN2" à cidade

SYLVIA COLOMBO
DO BANCO DE DADOS

Peça: ARN2
Grupo: Intrépida Trupe
Direção: Gringo Cardia, Deborah Colker e Valéria Martins
Onde: Teatro Ruth Escobar, sala Dina Sfat. R. dos Ingleses, 239 (tel. 288-8827)
Quando: do dia 8 a 1º de maio, às 21h
Ingresso: CR$ 5.000 (preço único)

O grupo de artes cênicas carioca Intrépida Trupe estréia hoje em São Paulo no Teatro Ruth Escobar a peça "ARN2".
Misturando a linguagem do circo com música, drama e coreografia, os artistas experimentam a "multimídia no palco", como diz Dani Lima, integrante da trupe.
A peça está dividida em enquetes, onde o tema principal é o homem e o cotidiano, do tempo das cavernas até as cidades modernas. Os personagens não têm papéis fixos: "O policial vira palhaço e o executivo se transforma em gorila", diz a artista Vanda Jacques.
Trapézios, malabarismo e palhaçadas são o eixo do espetáculo, pois o grupo tem formação circense. Ex-alunos da Escola Nacional do Circo (RJ), os integrantes da trupe seguem as novas tendências do circo no mundo, com a "fusão de várias artes e a quebra de estereótipos", diz Geraldim Miranda.
Alguns artistas vieram do teatro, outros tem formação musical. A soma das diferenças não é muito fácil pois sempre alguém se sobressai mais em alguma área. Geraldim, por exemplo, assume: "Nunca deixei de ser o palhaço da equipe".
O "ARN" já esteve em São Paulo na sua primeira versão, em 1991. Agora vem completamente mudado: "aumentamos ainda mais a variedade de recursos", diz Dani.
O show conta agora com técnicas de desenho animado nos cenários e uma produção musical própria: "tocamos funk para marcar o ritmo", diz Geraldim.
O grupo vem de uma temporada no Rio de Janeiro. O "ARN2" já esteve na França e na Alemanha, onde representou o Brasil em festivais circences, como o Festival Mundial de Cirque de Demain, em Paris e o Festival do Teatro de Variedades, em Stuttgard.
O público das apresentações é bem heterogêneo. "Crianças levadas pelos pais e vice-versa", diz Alberto Magalhães, ator, que recusa o rótulo de espetáculo infantil.
Além das apresentações regulares, a trupe participa do projeto "Se Essa Rua Fosse Minha", com a coordenação do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. Nele são ensinadas técnicas de circo para menores de rua.
Não é sempre que se pode ver um circo montado num teatro. Como esta, muitas surpresas estão ainda reservadas para o público paulista. A peça prevê que haja interação e a trupe está pronta para descer até a platéia.

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