São Paulo, domingo, 10 de abril de 1994
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Bovespa teme restrição a investidor externo

NILTON HORITA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), maior centro de negócios com ações do país, resolveu se lançar em defesa da abertura do capital estrangeiro. Álvaro Augusto Vidigal, presidente da instituição, afirma que não é preciso temer a vinda dos dólares ao país para a compra de ações.
O capital estrangeiro começou a chegar para as Bolsas em maio de 1991. Até hoje, chegaram US$ 9 bilhões de investidores de todos os lugares do mundo. O fluxo foi responsável pela compra de ações de várias empresas, o que provocou uma valorização de 800% reais no conjunto dos 50 papéis mais negociados.
O volume financeiro referente a compras e vendas de ações no pregão da Bovespa cresceu de US$ 25 milhões por dia para US$ 250 milhões. A Bovespa ocupa a segunda posição no ranking das Bolsas da América Latina e detém 80% do movimento nacional com ações.
Os números, segundo Vidigal, apresentam razões suficientes para o governo evitar qualquer medida punitiva para a vinda deste capital.
Segundo ele, o Banco Central jamais vai conseguir controlar o fluxo de ingresso de dólares no país. "Os juros estão altos e enquanto assim estiverem o capital estrangeiro vai encontrar uma forma de ingressar no país", afirma, Vidigal, sócio do Banco Paulista, sobrinho do banqueiro Gastão Vidigal, dono do Banco Mercantil de São Paulo, em entrevista à Folha.

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