São Paulo, domingo, 10 de abril de 1994
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Luxemburgo faz contas e exige 4 vitórias

MÁRIO MOREIRA; MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras enfrenta hoje a Portuguesa com a convicção de que precisa vencer para se manter na disputa pelo título paulista.
O próprio técnico Wanderley Luxemburgo diz que conquistar oito pontos nas próximas quatro partidas é fundamental para a caminhada rumo ao título.
Depois da Portuguesa, esta tarde no Canindé, o Palmeiras fará três jogos seguidos em seu estádio: contra o Bragantino, terça-feira, a Ferroviária, quinta-feira, e o América, domingo.
"Se vencermos esses quatro jogos, chegaremos a 80% de aproveitamento dos pontos disputados. Acredito que, mantendo esse percentual, seremos campeões", disse Luxemburgo.
Na verdade, se o time do Palmeiras derrotar os quatro próximos adversários, chegará a 77,08% de aproveitamento (37 pontos em 48 disputados).
Segundo Luxemburgo, a fase de maus resultados pertence ao passado. "Eu disse que o momento era ruim, mas ia passar, como aconteceu com os outros clubes. O São Paulo já teve um momento ruim, e o Corinthians começou mal o campeonato."
Para o treinador, a goleada de 4 a 1 sobre o Velez Sarsfield, na quinta-feira, pela Taça Libertadores (que aponta o campeão sul-americano), foi especialmente importante para os jogadores. "O clima de alegria voltou."
Luxemburgo tem uma dúvida no meio-campo para a partida de hoje: Rincón ou Edílson compondo o setor com César Sampaio, Amaral e Zinho.
O técnico afirmou que a Portuguesa possui bons valores individuais, mas descartou o uso de marcação homem a homem.
O lateral-esquerdo Roberto Carlos lembrou a necessidade de recuperação da Portuguesa –que na quarta-feira foi derrotada por 3 a 1 pelo Rio Branco– como uma possível vantagem para o Palmeiras.
"No Canindé, a torcida deles cobra o tempo todo", afirmou, dando a entender que o nervosismo pode prejudicar o time da casa.
Para Roberto Carlos, o fato de o Palmeiras não perder há quatro jogos –vitória de 4 a 2 sobre o Guarani, 2 a 0 sobre o União São João e 4 a 1 sobre o Velez e empate de 1 a 1 com o Santos– amansou a revolta da torcida.
"Ela já sentiu que não há crise e que não tem mais do que reclamar", afirmou.

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