São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 1994 |
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RJ prioriza segurança de blindados
FREE-LANCE PARA A FOLHA O novo secretário de Polícia Civil, delegado Mário Covas, disse que o combate ao jogo do bicho não será a prioridade da atuação da polícia. Para ele, assaltos a carros-forte são hoje o problema mais grave do Rio de Janeiro."Há grupos armados de AR-15 assaltando e matando vigilantes. Os bicheiros não andam de AR-15 matando ninguém", disse. O delegado afirmou, contudo, que serão realizadas novas operações de repressão e desmantelamento dos pontos estratégicos do jogo do bicho. O secretário anunciou a criação da Delegacia Especializada de Crimes Contra as Intituições Financeiras, que ficará encarregada do combate a assaltos a carros blindados e bancos. "A nova delegacia, que deve iniciar suas operações a partir da próxima sexta-feira, terá entre 50 e cem policiais, 30 carros e armamento pesado", diz ele. "A polícia pretende utilizar na segurança dos carros fortes os 15 fuzis AR-15 apreendidos de assaltantes em outras operações. Já foram enviados ofícios à Justiça solicitando a autorização para o uso das armas". Segundo ele, a secretaria vai instaurar, ainda esta semana, um inquérito para apurar quem foram os responsáveis pela manifestação que reuniu 80 carros-fortes em frente ao Palácio da Guanabara, no Rio. Os dirigentes das empresas serão convocados. O secretário Mário Covas informou que os responsáveis pela manifestação poderão ser enquadrados no artigo 262 do Código Penal, que trata do uso de meios de transporte para impedir ou dificultar o funcionamento de órgãos públicos. Segundo ele, a pena para estes casos varia de um a dois anos de prisão. "Há suspeitas de que os donos ou funcionários de gerência das empresas de transporte de valores tenham sido coniventes com a manifestação", afirmou ele. "Essas empresas costumam ter horários de saída dos carros muito rígidos. É estranho que tantos carros tenham podido estar no mesmo local na mesma hora". Texto Anterior: Procuradoria vai investigar membros da PF Próximo Texto: Indicação de 'supersecretário' sofre impasse Índice |
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