São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 1994
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Motorista fez equipamento para deficientes

DA REPORTAGEM LOCAL

O motorista Antonio Carlos de Angelo, 30, é um transportador escolar "modelo", segundo o sindicato da categoria.
Ele ensina seus passageiros a se defenderem em caso de incêndio e transporta crianças deficientes, no colo, até a sala de aula.
Angelo idealizou um equipamento para transportar deficiente. "É uma espécie de maca com um cadeira no centro e duas alças nas extremidades", diz. Ele procura fabricantes.
Todo início de semestre, Ângelo e seus passageiros simulam uma situação de incêndio. "A criança mais velha fica encarregada de abrir a porta e orientar os menores. Enquanto isso, eu apago o fogo."
Ângelo atua na Aclimação e no Paraíso (zona sul) há quatro anos. Era administrador de estoques e ficou desempregado. Hoje, ganha mais de US$ 1.000 (CR$ 910 mil) por mês, transportando 80 crianças por dia.
Há oito anos transportando crianças, Ynato Wada, 54, nunca foi multado em serviço nem sofreu acidente. "Quem transporta crianças não pode dar mau exemplo."
Ele trabalha em Santo Amaro (zona sul) e cobra, em média, CR$ 35 mil de cada uma das 25 crianças que transporta.
Wada também é professor de judô há 25 anos. Vários dos seus passageiros são seus alunos. Diz que virou perueiro para complementar os rendimentos.

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