São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Peça mostra comportamento na época do golpe militar
DANIELA RIBEIRO
A idéia de montar a peça partiu de um ex-aluno de Felipe, Pierre Matos, que chamou o professor para a direção e Rafaela para um dos papéis. Foram oito meses procurando textos juntos e discutindo interpretação, o que acabou criando uma amizade entre Rafaela e o padrasto –até então eles não eram tão próximos. "Só era chato quando a gente brigava nos ensaios e tinha que voltar junto para casa depois", lembra Rafaela, rindo. Pierre, Rafaela e Felipe foram a várias escolas de teatro procurar o resto do elenco. São quatorze adolescentes, com idades de 15 aos 21 anos. Todos iniciantes. No roteiro da peça, cinco amigos que moram na mesma rua acabam se separando porque cada um tem uma ligação com a revolução que estava acontecendo. Um deles é filho de um empresário que apóia o regime. Outro segue o caminho do pai e entra para a luta armada. Esse acaba morrendo e é homenageado pelos outros no final. Rafaela faz o papel da jovem filha de um militar que vira jornalista e passa a combater a ditadura. Mais que uma peça sobre política, Bailei na Curva trata do comportamento da época. Ingredientes É claro que não faltam sexo, drogas e rock'n'roll no enredo. Tem as meninas que ficam grávidas e casam. Tem as que casam com os bons partidos e não trabalham porque eles não querem. Tem as mães solteiras. Tem os doidões e os caretas. E tem Janis Joplin, Jimmi Hendrix e Rolling Stone. Texto Anterior: Rafaela Fischer segue os passos da mãe, Vera Próximo Texto: 'Espelho' nos olhos ajuda gato a ver na penumbra Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |