São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 1994 |
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Milton diz que não sabe definir sua música
AMAURY RIBEIRO JÚNIOR
Sob um calor de 50 graus e tendo como cenário o aço incandescente, o cantor gravou nesta siderúrgica sequências de um vídeo clip para o seu último disco "Angelus". Milton está se preparando para um turnê pelos EUA e Europa. Ele concedeu esta entrevista antes de fazer a gravação. Folha - Por que você escolheu a Acesita para gravar o clip? Milton - Conheci a empresa tempos atrás quando retornava de show pelo interior. A música "Clube da Esquina 2" fala da evolução do homem. E o processo de produção do aço passa a idéia de algo moldável. Folha - O que você acha de ser rotulado pela crítica de intérprete de world music? Milton - Sou artista sem rótulos, porque nem eu mesmo sei definir a minha arte. Mas o rótulo da "world music" é o menos ruim que já recebi. Folha - O pagode a música sertaneja são modismos? Milton - Isso é preconceito. A música sertaneja está aí há 20 anos e conseguiu seu espaço para ficar. Folha - O clip "Clube da Esquina 2" começou a ser gravado na sede da MPR, empresa acusada pelos ambientalistas de destruir a Serra do Curral, uma das áreas ecológicas mais desvatadas de Belo Horizonte. Isto não é contraditório com o fato de você levantar a bandeira da ecologia? Milton - Acho que não. A gente tem que mostrar o que é bom e o que é ruim. Folha - Na eleição passada, você foi criticado por apoiar a candidatura do governador Hélio Garcia. Como você reage a essas críticas? Milton - Se eu fosse ligar para as críticas, não teria continuado a minha carreira. Texto Anterior: Festival do MIS discute vídeo e artes plásticas Próximo Texto: Chico grava versão ao vivo de 'Paratodos' Índice |
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