São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 1994
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Entenda o acordo da dívida

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O acordo da dívida externa que o governo conclui hoje definirá condições mais favoráveis de prazos e juros para o pagamento do débito brasileiro.
Na prática, a dívida será trocada por outra. É como se o país recebesse um megaempréstimo dos credores que permitisse liquidar de uma vez a dívida. Depois, restará pagar o megaempréstimo.
Essa é a forma como será tratado o acordo da dívida no balanço de pagamentos (a contabilidade do país) anual, elaborado pelo Banco Central.
Não haverá transferência de dinheiro vivo mas alterações na contabilidade do governo e dos bancos e credores privados.
O acordo vai renegociar US$ 35 bilhões (cerca de US$ 1,4 bilhão ficará de fora, devido a credores que ainda não aceitaram o acordo) com credores privados externos.
As condições para a troca desse débito foram discutidas em 92 e 93 e aprovadas pelo Senado.
Embora essa seja a parte do acordo mais conhecida, também serão renegociados US$ 17 bilhões de débito junto a agências externas de bancos brasileiros e juros atrasados.
A dívida brasileira está na forma de títulos (a maioria se chama Mydfa) que podem ser negociados no mercado.
Na sexta-feira, os Mydfa serão trocados por seis tipos de títulos. Por isso, a sexta é chamada de "exchange-date" (data da troca) no jargão financeiro.

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