São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 1994
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Técnico alega pouco tempo para os treinos

WILSON BALDINI JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

Técnico alega pouco tempo para os treino
O técnico Carlos Alberto Silva não concordou com as críticas ao sistema adotado no empate de anteontem, diante do Mogi Mirim. "Eles tiveram apenas duas chances e conseguiram um aproveitamento de 100%", afirmou.
O treinador admitiu que falhas táticas foram cometidas. "Não tivemos tempo para treinarmos", disse o comandante, se referindo ao posicionamento dos jogadores Elias, Moacir e Leandro.
No jogo, esses jogadores tiveram que marcar individualmente os atacantes do Mogi Mirim. Com apenas Ezequiel como volante (jogador de meio-campo com funções defensivas) e Wilson Mano atuando como líbero, o meio-campo do Mogi –com cinco jogadores– teve total liberdade para articular jogadas para o ataque.
O atacante Casagrande disse que a equipe "entrou entusiasmada no jogo", querendo decidir nos primeiros minutos. "Às vezes é melhor esperar o adversário vir nos atacar, que ir ao ataque e abrir a defesa para os contra-ataques", afirmou.
Casagrande disse também que o excesso de jogadores de ataque acabou "embolando" muito o setor ofensivo do Corinthians.
"Entramos com cinco jogadores ofensivos e o Mogi joga com oito na defesa", explicou.
"Não tínhamos espaço para dominar a bola. Era muito jogador junto. Precisávamos ter tido mais calma e deixarmos o Mogi sair para o jogo e abrir espaço para as nossas jogadas", afirmou.
Assim como Casagrande, Marcelinho Carioca e Marques foram obrigados a recuar para diminuir o número de jogadores na mesma faixa de campo.
"Com isso, inconscientemente, deixamos o Viola sozinho no comando do ataque", disse Marcelinho Carioca.(WBJr.)

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