São Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O suicídio de ídolos induz à morte de fãs?

GUILHERME MATARAZZO

Para um homem ser considerado normal, é necessário que ele se enquadre em certos parâmetros impostos pela sociedade em que vive. Como muitos fogem desse contexto, são considerados desequilibrados.
Eles se tornam naturalmente uma ameaça para um sistema conservador, por se sentirem deslocados e não acharem solução evidente. Involuntariamente, essas pessoas formam idéias destrutivas.
Geralmente, algumas pessoas adotam as atitudes de seus ídolos, desde seu modo de vestir até de pensar.
Eu não aceito a idéia de que um ídolo possa induzir um fã ao suicídio. O que pode acontecer é ter essa hipótese como explicação para um suicídio sem justificativa.
Um indivíduo que já tenha idéias e intenções suicidas em mente e se mata pode até ter tomado como exemplo o suicídio de seu ídolo.
Mas se não fosse seu ídolo seria qualquer outro que ele se identifique. O ídolo pode até ser tomado como exemplo, mas nunca ao ponto de fazer que seu fã tome essa mesma iniciativa.

Texto Anterior: O suicídio de ídolos induz à morte de fãs?
Próximo Texto: O suicídio de ídolos induz à morte de fãs?
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.