São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Polícia de SP prende primeiro banqueiro do bicho
MARCELO GODOY
Segundo um relatório da PM, Bolão é o segundo maior bicheiro paulista. Ele controlaria cerca de 30% do jogo em São Paulo. É o primeiro banqueiro do jogo do bicho preso no Estado. Bolão foi depor ontem na Corregedoria da Polícia Civil às 15h30. Ele negou ter afirmado que bicheiros paulistas têm ligações com o tráfico de drogas e com o contrabando de computadores. O bicheiro havia admitido o envolvimento de bicheiros com o tráfico em entrevista à Folha. Após um depoimento de trinta minutos, a polícia descobriu que Bolão era procurado pela Justiça. Ele foi condenado a sete meses de prisão pela 15ª Vara Criminal em maio de 92 e, em outubro de 93, a 20ª Vara Criminal o condenou a um ano de prisão. Nos dois casos, a Justiça cassou o direito de ele cumprir a pena em liberdade. "Acho estranho que ele esteja condenado há tanto tempo e a polícia não o tenha prendido", disse o delegado Ruy Estanislau Silveira Mello, diretor da corregedoria. O bicheiro deveria passar a noite no 90º DP. Hoje, Bolão deve ser levado para a Casa de Detenção. "Eu não sabia que estava condenado", disse o bicheiro ao deixar o prédio da corregedoria. O promotor Gabriel Inellas, que acompanha o inquérito do bicho, disse que Bolão pode ser solto caso a Justiça lhe devolva o direito de cumprir a pena em liberdade. Ontem, o 47º DP pediu a decretação da prisão do bicheiro Vicente Teixeira, sob a acusação de contrabando e formação de quadrilha. A central de apuração de apostas de Teixeira foi estourada pela polícia no sábado. Nela, foram achados computadores contrabandeados e três pessoas foram presas em flagrante. Teixeira está foragido. Texto Anterior: Policiais "estouram" mais duas fortalezas Próximo Texto: Assembléia vai votar CPI Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |