São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 1994 |
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Abilio Diniz vai à TV para atacar indústria
KATIA MILITELLO
Em comercial de um minuto que foi ao ar entre sexta-feira e ontem, em horário nobre, o empresário diz acreditar no plano econômico. Pede ao consumidor que compre marcas alternativas quando não encontrar as de sua preferência e que prestigie produtos com preços mais baixos. "Muitas empresas insistem em fazer a conversão para a URV fora das regras e isso resulta em preços muito altos. Eles podem comprometer o plano", afirma Diniz. Segundo o empresário, a negociação entre indústrias e supermercados está difícil e marcas líderes podem faltar nas prateleiras. A rede Pão de Açúcar está há cerca de dois meses "forçando" outras marcas. "Queremos cooperação e compreensão do consumidor porque se não existem produtos é porque a indústria está cobrando demais e o dinheiro vai sair do bolso dele", afirma Diniz. O presidente do Pão de Açúcar critica principalmente os fabricantes de produtos que ocupam o primeiro lugar em vendas. "Está muito difícil o entendimento com os líderes. Eles acham que o consumidor não vai prescindir de seus produtos", diz. A indústria estaria atrelando aos seus preços uma margem de segurança os torna proibitivos. Essa margem, segundo Diniz, visa cobrir gastos desconhecidos pelas indústrias, como a inflação que será embutida no valor das matérias-primas e a fixação das tarifas públicas. Gessy Abilio Diniz cita a Gessy Lever entre as empresas mais difíceis de negociar preços. Contatado às 16h, o gerente de comunicações da Gessy Lever, Durval Monteiro, afirmou que apenas o diretor de assuntos corporativos, Ronald Rodrigues, pode falar pela empresa. Rodrigues está fora da Gessy até a próxima terça-feira. Texto Anterior: Produção industrial cai 2,8% em fevereiro Próximo Texto: Sai hoje lista de artigos com queda de alíquota Índice |
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