São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 1994 |
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Orçamento prevê aumento de verbas
MÔNICA IZAGUIRRE
Além do MIR (Integração Regional) constam da lista os ministérios da Saúde, da Educação e do Bem-Estar Social. Só o da Saúde quer a mais o equivalente a US$ 5 bilhões –isso aumentaria de US$ 9 bilhões para US$ 14 bilhões os gastos totais do ministério. Os quatro ministros reclamaram junto ao presidente Itamar que a falta de verbas paralisaria serviços essenciais a partir de junho. Aluísio Alves foi o mais beneficiado porque o próprio Itamar quer lançar um programa de irrigação no Nordeste, que envolve mais de US$ 100 milhões. O aumento das dotações orçamentárias significa um recuo em relação à proposta apresentada em dezembro passado ao Congresso. Na ocasião, foram cortados aproxidamente US$ 20 bilhões sobre o projeto original encaminhado em julho, "zerando" o déficit. Os que mais sofreram cortes na ocasião foram MIR e MBES (Bem-Estar Social). Eles iam ser extintos. Por isso previu-se na época um mínimo de verbas. Diante da necessidade de manter apoio parlamentar para aprovar um plano econômico em pleno ano eleitoral, o governo concluiu que seria inconveniente a extinção dos dois ministérios. E agora terá de recompor os seus orçamentos. O MIR está pedindo um adicional equivalente a cerca de US$ 352 milhões em investimentos. No atual projeto, ele detém cerca de US$ 197 milhões. Henrique Santillo, da Saúde, também esteve ontem com Beni Veras, do Planejamento, para reclamar. Segundo ele, estão faltando recursos até programas prioritários, como compra de medicamentos básicos. Só para a manutenção de hospitais, a Saúde quer quase US$ 3 bilhões a mais. O ministro da Integração Regional quer ainda a inclusão no Orçamento de uma autorização para tomar um empréstimo de US$ 500 milhões junto ao BNB (Banco do Nordeste). O objetivo é começar a colocar em prática ainda este ano o Programa de Transposição de Águas do Rio São Francisco. O projeto prevê bombeamento de águas do São Francisco para outros rios do Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Piauí. Texto Anterior: GM paga as perdas; INSS pára no interior Próximo Texto: Ruralistas ameaçam rejeitar MP Índice |
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