São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 1994
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Análise deve durar dois meses

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A PF em Brasília está classificando como "prioritário" o processamento de dados dos primeiros documentos do jogo do bicho. Pretende acabar a análise em até dois meses.
Depois disso, as primeiras conclusões serão remetidas para os delegados responsáveis pelo inquérito para começar os interrogatórios. Essa fase não tem prazo para conclusão.
Os mais de 500 quilos de documentos correspondem à quebra de sigilo bancário de 82 pessoas e 42 empresas envolvidas em dois inquéritos conduzidos pela Justiça do Rio.
Um, de número 051/93, investiga a ligação do bicho com o tráfico de drogas e corre sob sigilo judicial. Outro, o 678/93, investiga a sonegação fiscal de atividades ligadas a bicheiros.
A PF constatou que faltam documentos e quebra de sigilo de outras pessoas e empresas.
O delegado Galileu Pinheiro foi designado para acompanhar a ação da Justiça e providenciar novas investigações no Rio.
Os documentos que chegaram a Brasília passam por análise financeira e criminal. Percorrem cinco etapas até estarem à disposição dos delegados.
Na primeira, são recebidos e carimbados. Depois, cortados e numerados e selecionados de acordo com o correntista.
Numa terceira fase, são transcritos os dados dos cheques e extatos para formulários específicos. Depois, são digitados no Centro de Processamento de Dados da PF e, por fim, dão origem a relatórios para as análises financeira e criminal.
Na análise financeira são checados os débitos e créditos dos correntistas. São identificados os "fantasmas" e CPFs falsos e são listados os cheques.
Na criminal é aberto prontuário, individualizado por pessoa física ou jurídica, com o resumo da sua participação. As análises são usadas por delegados para interrogatórios. (WF)

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