São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 1994
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Câmara cassa Raunheitti e Raquel e absolve Aníbal

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Câmara inocentou ontem o primeiro dos 18 parlamentares acusados pela CPI do Orçamento e cassou mais dois envolvidos no escândalo do Orçamento: o suplente Aníbal Teixeira (PP-MG) foi absolvido e os deputados Fábio Raunheitti (PTB-RJ) e Raquel Cândido (PTB-RO) foram cassados (veja resultados ao lado).
Antes já haviam sido cassados o deputado Carlos Benevides (PMDB-CE) e o suplente de deputado Feres Nader (PTB-RJ).
Os julgamentos foram rápidos e previsíveis. O tempo foi usado apenas para a leitura do relatório e apresentação de defesa pelos advogados e acusados.
Nenhum parlamentar quis defender ou acusar os colegas. A maioria dos deputados apareceu apenas no momento de votação.
Raquel não compareceu ao plenário. Sua defesa foi feita pelo advogado e ex-senador Leite Chaves.
O julgamento de Raunheitti não empolgou nem mesmo a defesa, que considerou a cassação previamente decidida. Raunheitti citou o autor francês Molière ("é no céu que a pobreza encontra o seu lugar"). "Se for necessário o meu sangue para salvar a imagem da Câmara, usem-no", disse.
Os deputados aplaudiram o discurso de defesa de Teixeira e o resultado final. O processo contra ele foi arquivado. Teixeira tinha sido inocentado pela Comissão de Constituição e Justiça.
Raquel Cândido
Pela manhã, ela tomou café no quarto que ocupava no hotel Kubitschek Plaza e sumiu.

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