São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 1994 |
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Ranvaud co-produziu 'Alma' e 'Concubina'
DA REPORTAGEM LOCAL O inglês Donald Ranvaud é um globe-trotter do cinema. Nos últimos anos participou da produção e distribuição de filmes feitos em países tão díspares como China, Brasil, Canadá, Itália, Mali, França e Alemanha.Seu trabalho mais conhecido e bem-sucedido é o de co-produtor dos dois filmes mais recentes do chinês Chen Kaige, "A Vida sobre um Fio" e "Adeus Minha Concubina", este último premiado com a Palma de Ouro em Cannes no ano passado. No Brasil, a mais recente produção de que Ranvaud participou foi "Alma Corsária", de Carlos Reichenbach, em cartaz em São Paulo e no Rio. Ele agora tenta levar o filme a festivais internacionais. A primeira opção é Cannes. Se falhar, o filme irá a Pesaro, Toronto e outros eventos mais modestos. Ranvaud tem uma forte e antiga relação com o país. "Fui concebido no Brasil, embora tenha nascido num posto militar americano na Itália", diz o produtor. "Tenho um irmão, Ronald, que mora até hoje em São Paulo." No final dos anos 80, Ranvaud tentou associar-se a cineastas paulistas (entre eles Reichenbach e Guilherme de Almeida Prado) da Casa de Imagens, tentativa de cooperativa de produção que não foi adiante em função da recessão econômica. Hoje Ranvaud está ligado a dois projetos brasileiros em andamento: "Tieta", de Cacá Diegues, baseado em Jorge Amado, e "O Testamento da Rainha Louca", de Neville d'Almeida, baseado num roteiro de Glauber Rocha. O primeiro será filmado a partir de outubro na Bahia e o segundo, ainda sem início previsto, em Minas Gerais. Em seguida, Ranvaud deverá se associar novamente a Carlos Reichenbach na realização do filme "As Mulheres e as Garças", que deverá contar no elenco com atores europeus e brasileiros. (José Geraldo Couto) Texto Anterior: Ben Kingsley pode atuar em "Tieta" Próximo Texto: Deus se instala onde permitimos Índice |
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