São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 1994
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Procuradoria divide trabalhos

DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A Procuradoria-Geral de Justiça do Rio dividiu em várias etapas as providências que serão tomadas contra os suspeitos de receberem propinas de bicheiros.
A primeira fase foi encaminhar à Procuradoria Regional de Justiça Eleitoral a documentação apreendida no escritório de Castor de Andrade, em Bangu (zona oeste do Rio).
Com base nesses documentos (livros contábeis), o procurador regional eleitoral, Alcir Molina encaminhou ontem denúncia contra o governador Nilo Batista.
A próxima fase será a denúncia de cem a 120 pessoas que estariam nos livros contábeis de Castor de Andrade.
A denúncia deverá ser feita até dia 29, pela própria Procuradoria-Geral de Justiça, à Justiça comum.
Para cada pessoa acusada, o Ministério Público terá que remeter uma cópia de cada folha apreendida com Castor.
A procuradoria está com dificuldades em tirar cópias dos livros, pois só tem duas copiadoras. O procurador Antonio Carlos Biscaia pretende fazer 150 cópias de cada livro.
Depois, os promotores do Ministério Público continuarão trabalhando para formular novas denúncias, a partir dos disquetes apreendidos.
Paralelamente, o Ministério Público investiga a conexão bicho-narcotráfico. O resultado pode gerar novas denúncias.
A procuradoria pretende também denunciar os bicheiros cariocas por formação de quadrilha, a mesma acusação que condenou 13 deles em maio do ano passado.
Os promotores se baseiam nos documentos apreendidos com Castor de Andrade. Eles entendem que o material demonstra que, mesmo presos, os bicheiros continuam agindo. (Daniel Castro)

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