São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 1994
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Lista anterior tem sido ineficaz

DA REPORTAGEM LOCAL

A queda das alíquotas para uma lista de outros 17 produtos anunciada em 14 de março último ainda não surtiu efeito nos preços dos similares nacionais.
Alguns setores, como o de esponjas de aços, tiveram sua pretensão barrada devido a problemas com a nomenclatura do produto.
A 3M do Brasil, fabricante de fitas adesivas e esponjas, não conseguiu importar o seu Esponjaço com a alíquota de 2% porque o produto é de lã sintética. A portaria restringiu a redução das alíquotas para a lã de aço, mercado dominado em 88% pela Bombril.
A Casa Sendas, tradicional importadora do Rio de Janeiro, chegou a realizar sondagens para trazer vários do itens que constavam na lista.
"Foi uma lista inócua. Produtos com preços bastante elevados no mercado interno, como o leite em pó e os derivados de leite, foram deixados de lado. O que ficou não se encontra facilmente no mercado internacional", diz Nelson Sendas.
Ele defende a inclusão de conservas de tomate na lista de alíquotas reduzidas.
As lâmpadas representam excessão nesse quadro. "É possível trazer lâmpadas similares às nacionais com preços até 30% inferiores", diz Ulisses Carneiro da Costa, da Brasusa Comércio Importação e Exportação, fornecedora dos grandes atacados de Minas Gerais e São Paulo.
Ainda assim, o produto demora cerca de 90 dias para chegar ao cliente, depois de feito o pedido.
Apesar da falta de resultados concretos, para os importadores a política de redução das alíqutoas deve continuar, até mesmo porque, na pior da hipóteses, traz efeitos psicológicos.
A própria Casa Sendas, recentemente, conseguiu redução de até 20% nos preços de azulejos e pisos depois que mostrou a seus fornecedores, no mercado interno, que poderia pagar menos pelos produtos lá fora.

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