São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Ausência do premiê de Cingapura retarda decisão sobre chibatadas
DE WASHINGTON Ausência do premiê de Cingapuraretarda decisão sobre chibatadasPor causa da ausência do país do primeiro-ministro de Cingapura, Goh Chok Tong, o presidente Ong Teng Cheong adiou por alguns dias sua decisão de dar ou não clemência ao cidadão americano Michael Fay. Fay, 18, foi condenado a levar seis chibatadas de uma vara de bambu nas nádegas por ter pichado carros nas ruas de Cingapura. A punição é comum no país. Mas a condenação de Fay provocou crise diplomática entre Estados Unidos e Cingapura. O presidente Bill Clinton fez diversos apelos públicos a seu colega Cheong para que ele perdoe Fay. O secretário de Estado, Warren Cristopher, disse que a aplicação da pena pode prejudicar o turismo em Cingapura. Mas a opinião pública dos EUA está a favor da punição. Pesquisas de opinião mostram folgadas maiorias favoráveis à adoção desse tipo de pena nos EUA e à sua aplicação no caso de Fay. Além das chibatadas, Fay foi condenado a seis meses de prisão, que está cumprindo, e a pagar multa de U$ 2.200, o que já fez. Ele mora em Cingapura com a mãe e o pai adotivo desde 1992. O pai, que vive em Ohio, meio-oeste dos EUA, se ofereceu ao governo de Cingapura para receber as chibatadas no lugar do filho. Analistas políticos de Cingapura acham improvável que o presidente Cheong anistie o rapaz. O mais influente político do país, o ex-premiê Lee Kuan Yew, fez vigorosa defesa da pena: "Quem acha que a punição é bárbara, que não traga filhos adolescentes para cá."(CELS) Texto Anterior: Emergência por drogas cresce 9% nos EUA Próximo Texto: Japão adia a escolha do primeiro-ministro Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |