São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 1994
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MEC exige correção de livro escolar

GILBERTO DIMENSTEIN; DANIELA PINHEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Educação, Murílio Hingel, disse ontem à Folha que as editoras terão até julho para consertar os erros e distorções dos livros didáticos adquiridos pelo Governo Federal. Do contrário, "elas serão descredenciadas", afirmou Hingel.
As editoras serão chamadas a Brasília para ouvir a decisão oficial do Ministério da Educação. Na reunião com o MEC conhecerão os detalhes dos erros apontados em seus livros por uma comissão de 23 professores universitários.
A Comissão analisou os principais livros requisitados em português, ciências, estudos sociais e matemática. A conclusão é de que a maioria dos livros teria "distorções e erros crassos".
São distribuídos, por ano, 67 milhões de livros para 28 milhões de alunos na rede pública –muitos desses livros também são usadas nas escolas privadas. Isso custa, por ano, US$ 110 milhões.
O deputado Aloizio Mercadante (PT-SP) disse ontem que vai pedir à Câmara dos Deputados que convoque imediatamente o ministro da Educação, Murílio Hingel, para dar esclarecimentos.
O deputado Mercandante disse suspeitar de pressões clandestinas de editoras, produzindo a compra de livros inadequados. "O país precisa saber quem dava as autorizações e por que, até agora, não houve fiscalização", acrescentou.
Hingel disse que, ao descredenciar um livro, não estará exercendo censura. "Estou apenas exercendo o direito do consumidor".
O diretor do livro didático da FAE (Fundação de Auxílio ao Estudante), Valter Garcia, informou ontem que as correções, a partir do encontro com os editores, serão feitas em ritmo urgente.

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Sobre livros didáticos na pág. 4

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