São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 1994 |
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Autores dizem que houve evolução
LUÍS EDUARDO LEAL
Ele afirma que nos últimos cinco anos houve evolução na qualidade dos livros, nos aspectos pedagógico e de acabamento. "Nosso material não deixa a dever ao produzido em países de Primeiro Mundo, como França e Estados Unidos." Professor de matemática aposentado, com experiência nas redes pública e particular, Giovanni diz que os erros de conceituação apontados no estudo podem ser explicados pela necessidade de simplificação. "Muitas vezes é necessário adaptar um conceito matemático ao conhecimento vocabular de um aluno de 4ª série". Mais do que rigorosa precisão científica, diz, é necessário que o aluno entenda as definições. "Não acredito que um professor de matemática não saiba a definição precisa do que seja um segmento de reta ou um polígono", diz Giovanni, em referência a uma das deficiências apontadas nos livros de matemática adotados pela FAE. O professor Benedito Castrucci, 84, que publica livros didáticos desde 1943, concorda em parte com Giovanni. Mas reconhece que há deficiências na formação dos professores, perceptíveis nos livros. Professor aposentado da USP e ainda ativo no programa de pós-graduação em matemática da PUC/SP, Castrucci acredita que muitos autores de livros didáticos não têm conhecimento da disciplina proporcional à experiência em sala de aula. "Podem ser professores competentes, mas não dominam amplamente os fundamentos da matemática", diz. O professor José Ruy Giovanni Jr., 30, filho do presidente da Associação Brasileira dos Autores de Livros Didáticos, teme que uma interpretação superficial da pesquisa possa levar a uma "generalização". "Se há deficiências, é preciso apontar quais são em quais livros", diz Giovanni Jr., que teve uma de suas coleções, "A Conquista da Matemática", examinada no estudo. (LEL) Texto Anterior: MEC exige correção de livro escolar Próximo Texto: Faltar aula dá multa e prisão nos EUA Índice |
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