São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 1994 |
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Cresce o uso de cinto após acidente que matou Dener
DA REPORTAGEM LOCAL O cinto de segurança ganhou adeptos na cidade depois da morte do jogador Dener, na última terça-feira. A opinião é do presidente da CET, Gilberto Lehfeld, com base em um levantamento nas ruas da cidade.Um dia após a morte de Dener, 24% de 3.900 motoristas observados no cruzamento da av. 9 de Julho e rua Groenlândia usavam cinto –o que não é obrigatório na cidade. No início de março, no mesmo bairro (Jardins, zona oeste de SP), só 15% dos motoristas usavam cintos de segurança. Foi o melhor índice da cidade –a zona leste, que teve o pior índice, tem apenas 7% de motoristas com cinto. Para alguns motoristas, porém, a morte do jogador do Vasco usando o cinto desestimula seu uso. Segundo o policial José Vandembergue, que parou motoristas ontem no Ibirapuera (zona sul de São Paulo), pelo menos uma pessoa em cada dez mencionava o acidente de Dener como argumento para não usar o cinto. Vandembergue explicava então que o cinto não protegeu o jogador porque ele estava com o banco reclinado, desobedecendo as normas de segurança. Os carros parados por Vandembergue no Ibirapuera participaram da blitz educativa da CET e do "Pare: Programa Nacional de Redução de Acidentes", do Ministério dos Transportes. Ontem, Dia Nacional pela Paz no Trânsito, o "Pare" envolveu blitz em ruas e estradas de 21 Estados. Além de apresentar documentos, os motoristas podiam fazer teste de amortecedores do carro, tirar sua própria pressão arterial e assistir a vídeos educativos. A CET deve continuar até final do ano com a campanha, que inclui faixas nas ruas e distribuição de panfletos. O uso do cinto na cidades pode se tornar obrigatório se o novo Código Nacional de Trânsito for aprovado no Congresso. Entre dezembro e fevereiro, quando o "Pare" foi implantado nas estradas federais do Sul do país, o número de acidentes caiu 50% e o número de mortes 26,5% em relação ao ano anterior, segundo o coordenador nacional do programa, João Roberto Dias. Estradas Folhetos da campanha para o uso de cinto de segurança também foram distribuídos ontem aos motoristas que eram parados para fiscalização no sistema Anchieta-Imigrantes. O policiamento ficou concentrado na entrada da Imigrantes e no km 43, no início da serra. Segundo a polícia, a maioria das multas aplicadas no local foi por falta de cinto. Os números oficiais das autuações serão divulgados após o feriado. Às 13h30, o Fusca do estudante Patrick Carlos Pires, 20, foi multado porque não havia cinto no banco traseiro. Havia quatro pessoas no carro e os dois da frente usavam o cinto de segurança. Texto Anterior: Concerto reúne 60 mil pessoas no Ibirapuera Próximo Texto: Equipamento diminui traumas Índice |
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