São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 1994 |
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Sadia muda estrutura para afastar ameaça de prejuízo Empresa enxuga áreas administrativa e operacional MARISTELA MAFEI
A Sadia é comandada por nove alas que agrupam as famílias dos irmãos, genros, filhos, sobrinhos e netos de Atílio Fontana, fundador do grupo. É vice-líder na produção de alimentos no país (atrás somente da Nestlé) e faturou US$ 1,713 bilhão em 1993. Na área operacional, as unidades de negócios, antes divididas por produtos, foram reagrupados por setores. "Havia uma excessiva burocratização na empresa, que era gerenciada em áreas estanques, com pouca comunicação e com coordenadores sem responsabilidades definidas", diz Luis Fernando Furlan, que continuará a presidir o Conselho de Administração do grupo. "Com isso – prossegue –, as responsabilidades caíam nas costas do presidente-executivo", afirmou Furlan. "Hoje avaliamos o desempenho de todos os funcionários e cobramos responsabilidades". A decisão da Sadia de se reestruturar após o balanço do primeiro trimestre de 93 fechar em vermelho, fato até então inédito na empresa. No final do exercício, o resultado foi revertido. Houve lucro de US$ 40 milhões no acumulado do ano, contra os US$ 29 milhões obtidos em 1992, ano em que o faturamento fechou com US$ 1,6 bilhão. Os quatro diretores das unidades de negócios irão se reportar a Walter Fontana Filho, novo presidente-executivo do grupo, que assume o lugar deixado por Ivo Reich. Walter Fontana Filho passou a ocupar, ainda, cadeira no Conselho de Administração da Sadia Concórdia S/A. Os 35 mil funcionários do grupo no início de 1993 foram reduzidos para 32,5 mil. O grupo desativou unidades de abate de bovinos em Araçatuba (SP) e Andradina (SP). No setor de alimentos secos, uniu suas operações com a J. Macêdo Alimento, dona marca Dona Benta. Texto Anterior: Firestone pode demitir mil funcionários Índice |
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