São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 1994
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Rabin admite tirar colônias para ter paz com a Síria

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Israel se dispõe a retirar os assentamentos judaicos das colinas de Golã para conseguir um acordo de paz com a Síria, disse ontem o primeiro-ministro Yitzhak Rabin.
"Para mim, a paz é um valor mais importante para a segurança futura de Israel que um ou outro grupo de assentamentos", disse.
Originalmente território sírio, as colinas de Golã ficam no norte de Israel. Estão ocupadas por tropas israelenses desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Há cerca de 15 mil colonos judeus no Golã. A Síria exige a retirada militar imediata das tropas. Israel quer primeiro estabelecer relações diplomáticas formais.
No Cairo, capital do Egito, prosseguiram ontem as negociações com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
As duas delegações afirmaram que um acerto sobre a legislação na faixa de Gaza e na cidade de Jericó (Cisjordânia) –que terão governo palestino– está próximo.
Há cinco meses Israel e OLP negociam a implementação definitiva do acordo assinado em setembro passado, em Washigton (EUA).
Ainda não se sabe até que ponto a legislação palestina irá prevalecer sobre as leis israelenses.
O chefe da missão palestina, Nabil Shaath, disse que os detalhes finais serão acertados entre 2 e 5 de maio.
"Estamos no começo do fim", disse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Shimon Peres.
Ele se encontrou ontem com o líder da OLP, Iasser Arafat, em Bucareste, capital da Romênia, sob mediação do presidente do país, Ion Iliescu.
Na faixa de Gaza, um palestino foi morto a tiros por soldados israelenses e cinco ficaram feridos.
O corpo do sargento israelense Shahar Simoni foi encontrado em uma estrada de Beit Hanina, Cisjordânia. Ele foi morto a facadas.

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