São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 1994
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Rigor é motivo de orgulho

AURELIANO BIANCARELLI
DO ENVIADO ESPECIAL

Na ficha que o estrangeiro preenche ao entrar em Cingapura, há um aviso sobre as regras que regem o país. "Tráfico de drogas é punido com a pena de morte".
Tráfico nesta cidade-Estado de 3 milhões de habitantes significa posse de 15 gramas de droga.
"Acabamos com a violência controlando as fronteiras e as drogas", dizem orgulhosos os guias que acompanham os turistas.
A forca é a pena máxima para entrar no país com chiclete no bolso ou esquecer de dar descarga em banheiro público. As multas vão de US$ 100 a US$ 2.500.
Atirar ponta de cigarro no chão pode custar US$ 200, mais três dias varrendo praças públicas e uma foto no jornal no dia seguinte.
Atravessar duas vezes farol vermelho tira a habilitação por 3 anos.
Graças ao rigor, a cidade é limpa e ordeira. Por trás desta aparente paz chinesa –eles são maioria na cidade– está um regime republicano parlamentarista conduzido com mão de ferro.
O país importa de água a verduras e matéria-prima. Sua área é menor que a da Grande São Paulo (633 km2). Em três décadas, Cingapura adquiriu tecnologia de Primeiro Mundo e levou a economia para segundo lugar da Ásia.
(AB)

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