São Paulo, domingo, 24 de abril de 1994
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UDe atiradeira a vidraça; Economia eleitoral; Prato cheio; Quem decide; Esperando a deixa; Trava de segurança; Terceiro tempo; Desconfiança tucana; Dinheiro à vista; Lei do silêncio

DE ATIRADEIRA A VIDRAÇA

Abril começou sob as contradições da aliança PSDB/PFL e deve acabar em meio a outra polêmica político-ideológica. O encontro do PT, a começar sexta, promete duros embates internos. "Direita" e "esquerda" não se entendem.

Economia eleitoral
Duas teses sobre combate à inflação vão esquentar o encontro nacional petista. Uma ala de economistas quer propor uma alternativa ao dólar como lastro do real. A outra é contra. Quer que o Plano FHC fracasse –o quanto antes.

Prato cheio
Outras polêmicas estão previstas para o encontro que oficializará o programa de governo de Lula: projeto de renda mínima de Suplicy, política de emprego, reforma agrária e política de alianças.

Quem decide
Não será fácil para Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) resistir às pressões para que seja o vice de FHC. Pois são cada vez mais fortes e próximas. Mas, se ele ficar irredutível, o novo nome virá da mesma fonte que o indicou.

Esperando a deixa
FHC ainda conta com o apoio de Sarney. Sabe que o ex-presidente não queimou todas as pontes com Quércia, mas acha que seu desembarque do PMDB acontecerá após as prévias –quando o PDMB deverá abandonar Itamar.

Trava de segurança
Quando os tucanos começaram a negociar com o PFL, FHC ainda engatinhava nas pesquisas. Depois, o ex-ministro subiu e a coligação ficou menos interessante. Mas o PSDB decidiu mantê-la assim mesmo. Por via das dúvidas.

Terceiro tempo
A Copa vai dividir a campanha presidencial em AC/DC. Não é só FHC que planeja iniciar seus comícios apenas em agosto. Lula pretende marcar suas maiores mobilizações de rua para depois do Campeonato Mundial de Futebol.

Desconfiança tucana
Jackson Pereira (PSDB-CE) arregimenta tucanos contrários à aliança PSDB/PT no Ceará. Acha que é artimanha petista para imobilizar os tucanos cearenses na campanha presidencial de FHC.

Dinheiro à vista
A missão do secretário de Comércio dos EUA, Ron Brown, que vem ao Brasil em maio, não se limita a estimular as exportações de produtos americanos. Não estão descartadas negociações visando investimentos diretos no país.

Lei do silêncio
Foi a pedido do PSDB que lideranças do PFL abandonaram Brasília no meio da semana passada. Os tucanos queriam vê-los longe da imprensa, para não falarem o que não deviam sobre a coligação.

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