São Paulo, domingo, 24 de abril de 1994
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PMDB gastou US$ 600 mil

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

Passados dez anos, o então tesoureiro do PMDB, Fernando Gasparian, diz que para organizar o ato do Anhangabaú só o seu partido gastou US$ 600 mil.
Foi basicamente em propaganda, iluminação, equipamento de som e aluguel de transmissores.
Ele estima que outros US$ 400 mil foram gastos pelos demais partidos e empresários que distribuiram gratuitamente bandeiras, adesivos e panfletos.
Se a estimativa nunca foi abertamente evocada, a existência dos gastos nunca foi propriamente um segredo.
As reuniões da suprapartidária eram abertas, geralmente num dos plenários de comissões na Assembléia, e nelas nenhum assunto era tabu.
Os publicitários, eram talvez patriotas mas produziam de graça para manterem um bom relacionamento com futuros governantes/clientes.
Muitas idéias vinham de outros Estados, como a inscrição manuscrita "Quero votar para presidente", acompanhada de um quadradinho com um "x".
Esta idéia veio de Curitiba e foi apresentada a Ulysses pelo então senador Afonso Camargo, que em 1989 seria candidato a presidente pelo PTB e depois ministro de Collor.
Camargo era senador biônico (não eleito) e se esmerava para demonstrar lealdade a seu novo partido, o PMDB, do qual havia se tornado secretário-geral.
(JBN)

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