São Paulo, domingo, 24 de abril de 1994
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Para entender a polêmica

DA REDAÇÃO

Em 13 de março, o filósofo José Arthur Giannotti publica na seção Tendências/Debates, da Folha, o artigo "A Candidatura FHC" em que afirma que é a vez do centro na política brasileira e que não acredita que o PT, isolado, possa representar hoje o interesse das forças populares.
Em 17/3, a socióloga Maria Victoria de Mesquita Benevides responde a Giannotti, dizendo que, no Brasil, "desde sempre a virada para o centro significou cair nos braços da direita", e que uma aliança de centro-esquerda não poderia, hoje, excluir o PT.
Em 25/3, o economista Paul Singer entra no debate, ainda na mesma seção, e afirma que as teses de Giannotti indicam que ele adotou o ideário do centro, que nada teria de racional, e que para a esquerda o racional neste momento seria priorizar os objetivos da campanha de Betinho.
Em 10/4, Giannotti retorna ao debate, no Mais!, criticando a proposta de participação popular do PT e a visão que o partido tem da representação política.
Em 17/4, Singer contesta no Mais! o artigo de Giannotti, dizendo que "não há porque se conforma com as formas rudimentares e defeituosas de representação que hoje se praticam na maior parte dos países" e se pergunta de onde Giannotti tirou elementos "para sustentar que a aliança entre o PSDB e PFL de modo algum descaracteriza o primeiro".

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