São Paulo, domingo, 24 de abril de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Inventor solitário prova que ainda pode trabalhar

CLAUDINÊ GONÇALVES
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE GENEBRA

Há dez dias que Genebra é a capital mundial das invenções. Dos cerca de 40 salões anuais do gênero que ocorrem no mundo, o de Genebra, que se encerra hoje, é o mais concorrido.
O evento tem ainda um outro mérito: prova que a esquecida figura do inventor solitário ainda existe. Cerca de 40% dos inventos apresentados em Genebra são de particulares.
Este ano, na 22ª edição, estão expostos mil inventos inéditos de 35 países.
Em média, 40% dos projetos conseguem contratos de comercialização.
O Brasil participa do evento pela primeira vez, representado pela Associação Nacional dos Inventores, sediada em São Paulo, e por dois inventores maranhenses (leia texto abaixo).
Pelo visto, o mundo moderno ainda não inventou tudo. Segundo a Ompi - Organização Mundial da Propriedade Intelectual -, uma das organizações das Nações Unidas, aproximadamente 37 milhões de novos projetos surgem a cada ano no mundo inteiro.
Pela ordem, as áreas de maior atuação dos inventores relacionam-se à proteção ambiental, indústria, saúde, automobilismo, construção, setor sanitário, eletrônica, esporte e lazer, agricultura e segurança.
Se inventar já é dificil, transformar o protótipo em produto comercial é muito mais.
Dados da Ompi indicam que só 2% a 3% dos inventos são comercializados.
Otimista, o fundador e presidente do Salão de Genebra, Jean-Luc Vincent, diz que dois fatores contribuem para aumentar as oportunidades dos inventores: a transformacão do planeta em aldeia global e a diminuição do ciclo de vida dos produtos, "que obrigam industriais e comerciantes a inovarem constantemente".

Texto Anterior: Adolescência parece sem fim
Próximo Texto: Brasil projeta 'míssil' anticâncer
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.