São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Corintianos acusam árbitro de 'perseguição'

DA REPORTAGEM LOCAL

A arbitragem de Oscar Roberto Godoi foi o principal alvo das críticas dos jogadores do Corinthians. "Foi totalmente favorável ao Palmeiras", disse o goleiro Ronaldo, insinuando que a derrota corintiana foi arquitetada para ajudar o rival.
O motivo principal da acusação foi o pênalti, marcado por Godói, do lateral Daniel, que derrubou o atacante santista Guga. "Se aquele lance foi pênalti, deveriam marcar outros vários na partida, pois acontece sempre", disse o centroavante Casagrande.
A origem do que os jogadores corintianos chamam de "perseguição" veio do empate (2 a 2) com o Mogi Mirim, em que o árbitro José Mocelin marcou um pênalti duvidoso ao Corinthians.
"Desde então, nenhum árbitro quer ser acusado de ajudar o Corinthians. Por isso nos prejudicam", acredita Ronaldo.
O sentimento invadiu também as arquibancadas: revoltados com a arbitragem, membros da torcida organizada Gaviões da Fiel cercaram o vice de futebol, Henrique Alves, exigindo medidas da diretoria corintiana. Os torcedores ameaçam agredir os juízes que acharem suspeitos nos próximos jogos.
"Não podemos ir por esse caminho", ponderou Alves, dizendo que o clube pretende protestar na Federação Paulista. A influência externa, porém, não escondia o desagrado dos torcedores com as falhas da defesa corintiana.
Os alvos principais foram o zagueiro Gralak e o volante Wílson Mano, que jogou improvisado na zaga. O goleiro Ronaldo não escondeu suas críticas a cada gol tomado, só admitindo ter falhado no quarto gol.
"Ninguém joga sozinho", respondeu Gralak. "Se a bola chegou com perigo até nossa área, é porque houve falha no meio-campo."

Texto Anterior: Santos ganha um clássico de sete gols
Próximo Texto: Meio-campo santista mostra mais eficiência
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.